sexta-feira, 26 de novembro de 2010

Ficção-Científica e Destino

     A ficção-científica é um gênero por vezes marginalizado por suas histórias futuristas e também sobre alienígenas, viagens no tempo, máquinas dotadas de consciência, etc. Entretanto seus admiradores não se encantam apenas com os aspectos técnicos desse tipo de produção e conseguem ir além, se apegando aos conceitos de tais obras com destaque para os filmes inspirados nos  trabalhos de Isaac Asimov, George Orwell e Philip K. Dick . Um bom exemplo da ficção-científica com conceitos filosóficos são os 2 primeiros filmes da saga "Planeta dos Macacos", inspirados no livro de Pierre Boulle, onde o astronauta Taylor (Charlton Heston) discursa sobre a degradação da raça humana em um planeta dominado por símios dotados de inteligência.
     Dois filmes em particular tratam de temáticas semelhantes são eles "Matrix" de 1999 e "Minority Report" de 2002. Em "Matrix", uma guerra é travada entre as máquinas-que dominaram  a Terra, utilizam seres humanos como fonte de energia e fornecem a eles uma "realidade"- e humanos rebeldes que estão desconectados da realidade criada pelas máquinas. Ao lado dos rebeldes está a entidade denominada "Oráculo" que prevê o futuro de Neo (Keanu Reeves), um provável "Escolhido" (aquele que com seus poderes irá por um fim a essa guerra), mas ele acredita que controla sua vida e diante dos acontecimentos que se seguem deve fazer escolhas cruciais para o futuro de toda a raça humana.

     No filme "Minority Report", passado no ano 2054, o policial John Anderton (Tom Cruise) trabalha em uma divisão da polícia que utiliza as visões de 3 videntes para prever os crimes e prender os criminosos antes que os delitos sejam cometidos. Quando Anderton é incriminado por uma previsão, foge para provar sua inocência e se depara com a situação da qual tentava escapar. A questão principal nos dois filmes diz respeito às decisões que cada um deve tomar e suas conseqüências e tal linha de raciocínio é enriquecida pelo fato dos protagonistas conhecerem seu futuro, o que leva os espectadores  a refletirem sobre a utilização do livre arbítrio ou a consumação do destino que lhes está reservado.
            
     Na vida real não existem previsões, nem chances de consertar o passado, portanto devemos pensar em nossas ações supondo quais serão suas repercussões e não apenas assistir os acontecimentos pois acredito que cada um faça seu próprio destino.

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