sábado, 25 de setembro de 2010

Obras-Primas Perdidas...GRINDHOUSE



     Nos anos 70 era  comum os cinemas americanos exibirem 2 filmes em uma única sessão, tais filmes tinham como temas principais a exploração da violência e do sexo (exploitation). Tratavam-se de obras de baixo orçamento e que muitas vezes , pela escassez de recursos dos distribuidores e exibidores, apresentavam má qualidade das cópias e também a mutilação das mesmas causando o desaparecimento de cenas no meio do filme. As supracitadas sessões recebiam o nome de GRINDHOUSE.

RODRIGUEZ/TARANTINO



     No ano de 2007, os cineastas Robert Rodiguez e Quentin Tarantino entusiastas das grindhouses resolveram criar um projeto para homenagear esse estilo de cinema independente. A sessão continha um filme dirigido por cada um dos cineastas e o intervalo entre eles era preenchido com trailers de falsos filmes com estética trash ,assim como, as obras principais.
     Planeta Terror (Planet Terror,2007), a parte de Rodriguez dentro do projeto, apresenta a história de um contágio que transforma as pessoas em zumbis em uma pequena cidade do Texas, a batalha pela sobrevivência em meio a seres comedores de carne humana rende boas cenas de ação e o elenco afiado contribuí para um bom divertimento. Estrelado por Rose Mcgowan (Cherry) e Freddy Rodriguez (Wray) o filme não economiza no sangue falso, na aparência "suja" e até ficamos sem ver uma cena crucial sobre um dos protagonistas. Um dos elementos mais interessantes surge quando Cherry ,vítima de um zumbi que lhe arrancou a perna, implanta no lugar do membro (em cena com sútil insinuação sexual) uma metralhadora .
     Já em À Prova De Morte (Death Proof) , vemos o talento de Tarantino utilizado para contar a história de um dublê psicopata que persegue e mata mulheres com seu carro indestrutível. No melhor desempenho de sua carreira Kurt Russel interpreta o Dublê Mike, antigo especialista em cenas de batidas de carro, que cria um jogo perverso com fatais consequências até que encontra um grupo de mulheres decididas a não permitirem que esse maníaco continue com seus atos sórdidos. O filme possuí a qualidade sempre presente nos  diálogos escritos por Tarantino e cenas empolgantes de perseguição.
     Outros destaques são as trilhas sonoras e as personagens femininas que não estão ali somente pela beleza (abundante, diga-se de passagem) e são muito importantes para o desenrolar dos enredos .Ambos os filmes mostram-se  trabalhos diferenciados e criativos prestando  uma bela homenagem às exploitations dos anos 70. 
     Infelizmente o projeto não fez o sucesso esperado e fora dos EUA, Grindhouse foi dividido. No Brasil Planeta Terror chegou ainda em 2007 mas À Prova De Morte somente este ano, demonstrando o descaso do público (não habituado a filmes desse tipo) e das distribuidoras fazendo com que mesmo recente Grindhouse mereça figurar entre as obras-primas perdidas...

They Call Him Machete



     Como escrito anteriormente o intervalo entre os filmes de GRINDHOUSE , era preenchido com trailers falsos. Um deles ,que narrava os acontecimentos acerca de um guerreiro mexicano, foi tão cultuado que acabou virando filme.
     Machete (idem, 2010) ,também dirigido por Robert Rodriguez, conta a história de um policial mexicano que em combate a um poderoso cartel do tráfico de drogas perde sua família. Exilado nos EUA como um imigrante ilegal  Machete recebe a proposta de matar um senador xenofóbico que pretende extraditar todos os mexicanos ilegais e construir uma grande cerca eletrificada na fronteira, porém ele é enganado e traído  se envolvendo em uma trama política financiada pelo mesmo traficante que matara sua esposa e sua filha.
     Utilizando vários trechos do trailer falso que lhe deu origem o filme também utiliza a estética trash e capricha nas cenas de ação além de apresentar um contexto político interessante que serve para fazer uma análise do preconceito e da exploração sofrida pelos mexicanos, tornando-se assim, mais do que um simples filme de vingança. 

segunda-feira, 20 de setembro de 2010

Obras-Primas Perdidas...

     Meu intuito ao criar este blog nunca foi impor minha opinião ou fazer críticas, apenas expressar idéias e escrever sobre coisas que gosto. Acreditando que é mais interessante tentar transmitir os conceitos do que permear o texto de didatismos espero que ao final de cada artigo os leitores reflitam sobre as obras aqui citadas ,gerando assim, interesse pelas mesmas.
     O artigo de hoje dá início a uma coluna em que meu intento é divulgar obras perdidas no tempo, esquecidas ou desprezadas pelo público e pela crítica, porém cultuadas por suas qualidades e valorizadas por seus seguidores.
     Para iniciar essa coluna escolhi um filme sueco do ano de 1974 chamado originalmente "THRILLER- EN GRYM FILM",  escrito e dirigido por Bo Arne Vibenius.Fora da Suécia o filme recebeu nomes como: "THRILLER- A CRUEL PICTURE" (Thriller-Um Filme Cruel), "HOOKER'S REVENGE" ( A Vingança Da Prostituta ) e o meu  favorito que é...

THEY CALL HER ONE EYE


     "O filme que não tem limites pra maldade" essa frase do cartaz é o prenúncio das desgraças que estão por vir no decorrer do filme . Logo no início uma linda garotinha chamada Madeleine é estuprada por um velho, a experiência é tão traumática que a garota perde a fala. Com o passar dos anos Madeleine (brilhantemente interpretada por Christina Lindberg) vive em uma fazenda com os pais e faz terapia , em uma de suas idas  à cidade a garota perde o ônibus  e recebe a ajuda de Tony um homem gentil que a oferece uma carona e um jantar.
     No entanto tanta gentileza tinha os sórdidos propósitos de aliciar a jovem à prostituição e levá-la a dependência de heroína afastando assim a garota de sua família. Forçada a fazer uso da droga e manter relações sexuais com os mais nefastos clientes, a garota fere um deles e, em represália a seu ato, o cafetão lhe arranca um olho.
     Com o passar do tempo Madeleine resolve desenvolver habilidades com o único propósito de se vingar. Para desenvolver seu plano aprende a atirar, lutar karate e dirigir carros velozes. No desenrolar de sua vingança ela caça os seus antigos clientes e deixa Tony por último pois a ele reserva o pior castigo.
     O filme em questão possuí uma atmosfera muito triste e  cenas fortes de violência e sexo explícito ( filmadas com prostitutas) e por isso foi censurado e proibido em diversos países sendo relegado por muito tempo ao esquecimento. Um fato interessante é que esse filme foi uma das diversas inspirações do diretor Quentin Tarantino na criação de "KILL BILL" (idem, 2004) ,sendo a personagem caolha Elle Driver a mais evidente referencia à obra sueca.
       A magia do cinema consiste em seu poder de envolver o público na história causando empatia pelos personagens e esta obra ,por mais desagradável que seja em diversas passagens, possuí essa característica já que acompanhamos o sofrimento de Madeleine e sua jornada em busca de vingança, partilhando com a personagem sua redentora glória ao final do filme 

quarta-feira, 15 de setembro de 2010

Tudo Sobre O Nada...

         
    Nada...essa era a resposta de Jerry Seinfeld quando perguntavam sobre o tema da série "SEINFELD". Entretanto creio que se tratava apenas de um capricho desse brilhante comediante pois seu show, pelo contrário, falava de tudo.
     Criada em parceria com Larry David a série , que foi ao ar de 1989 à 1998 totalizando 9 temporadas, abordou todos os temas cotidianos possíveis passando pelos cumprimentos aos vizinhos à pirataria somente para citar alguns exemplos.Em 180 episódios Jerry (o próprio Seinfeld) , George (Jason Alexander), Elaine (Julia Louis-Dreyfus) e Kramer (Michael Richards) se envolveram nas mais absurdas e hilariantes situações. Com roteiros inspirados a série soube explorar de maneira soberba os talentos de cada um dos protagonistas.
     Os episódios se iniciavam com um número de stand-up de Jerry e acompanhavam as desventuras dos personagens , essas tramas se encontravam no final de maneira espontânea . O apartamento de Jerry e o "MONK'S CAFE" eram os pontos de encontro onde ocorriam diálogos primorosos (como por exemplo uma conversa entre Seinfeld e Elaine sobre o envolvimento casual deles, em 5 minutos sentados em um sofá os dois fazem rir de maneira abundante).Com o tempo, o entrosamento entre os atores e a qualidade crescente das histórias surgiram momentos inesquecíveis.
     Com episódios memoráveis, coadjuvantes fantásticos (Jerry Stiller, Wayne Knight etc) a série fez um enorme  sucesso e só não foi mais longe porque Jerry Seinfeld alegou estar cansado demais para fazer a décima temporada (recusando um salário de 60 milhões de dólares).Até hoje ,depois de 12 anos de seu final, "SEINFELD" é reprisada tanto no Brasil quanto nos EUA e está enraizada na cultura popular, sendo considerada por muitos a melhor série de TV de todos os tempos pois tinha ousadia e inteligência características fundamentais para se fazer comédia de qualidade.

SEGURA A ONDA


     Em 2009,  a série "CURB YOUR ENTHUSIASM" estrelada por Larry David, co-criador de "SEINFELD", conseguiu reunir o elenco da série para uma reunião muito aguardada pelos fãs.
    Sempre declinando da idéia de uma reunião do elenco, Larry David ( que interpreta a si mesmo) resolve aceitar a oferta para se reaproximar de sua ex-esposa oferecendo a ela um papel de destaque no especial de "SEINFELD". Daí pra frente surgem as dificuldades de reunir o elenco e criar uma história decente para ser contada em uma reunião  depois de tanto tempo.
    Foram 5 episódios da 7ª temporada de "CURB..." que  presentearam os fãs com o excelente desempenho dos atores em hilariantes histórias de bastidores, a recriação perfeita dos cenários originais e a  emocionante leitura do roteiro feita por todo o elenco. Para finalizar uma cena com os personagens  no " MONK'S CAFE" para a despedida derradeira dos fãs já que muitos (inclusive eu) se decepcionaram com o episódio final  da série.  
     Se tem algo que a reunião mostrou foi que eles podem estar velhos mas não estão enferrujados e com o advento do DVD será possível que a série se perpetue  pois todo mundo adora dar uma boa risada mesmo que nesse caso se ria de nada (ou não...).     
     

quarta-feira, 8 de setembro de 2010

Smallville



O jovem Super-Homem do século XXI.

Quando foi divulgada pela Warner em meados de 2002 a série Smallville causou estranheza por inserir na mitologia do Homem-de-Aço fatores que geraram uma imensa polêmica.Como era possível que Clark Kent e Lex Luthor fossem grandes amigos? Alardeados os fãs do azulão se preocupavam com o que mais poderia ser alterado na história do super-herói e no frigir dos ovos qual foi o resultado disso?
Sucesso. Smallville não só se tornou  febre nos EUA e no Brasil como serviu para mostrar a força do Super-Homem ante a onda de adaptações cinematográficas de super-heróis (como por exemplo,X-Men e Homem-Aranha) renovar a já desgastada imagem do herói depois de 64 anos de existência e garantir a volta do azulão aos cinemas com Superman – O Retorno (com estréia marcada para o dia 15 de julho no Brasil).
Não é difícil entender as razões que levaram a série ao sucesso.Em primeiro lugar pode-se destacar o elenco que conta com os jovens e talentosos Tom Welling(Clark Kent), Kristin Kreuk (Lana Lang), Allison Mack (Chloe Sullivan) , Sam Jones III (Pete Ross, que permaneceu até o fim da 3º temporada) e Michael Rosenbaum(Lex Luthor). Além dos veteranos John Glover(Lionel Luthor), John Schneider(Jonathan Kent) e Annete O`toole (Martha Kent). A série também conta com ótimos atores que fazem participações especiais.
Outro fator que contribui para o êxito da série é sem dúvida a boa utilização dos efeitos especiais que não são meros pretextos para o estúdio mostrar seu poderio tecnológico, mas sim fazem parte da história, como por exemplo o desenvolvimento dos poderes de Clark . A produção também é caprichada com bons figurinos e ótimos cenários.
Mas sem dúvida a chave do sucesso foi recriar para os dias de hoje toda a história do Homem-de-Aço desde sua adolescência na pequena cidade de Smallvile.Os roteiristas capricham  cada vez mais e criam história recheadas de suspense, ação,conflitos pessoais e crises existenciais sofridas pelo jovem herói que não sabe o que esperar do seu futuro "incerto". Já em sua 5º temporada a série ganha cada vez mais fãs e qualidade com o passar do tempo.
Enfim uma boa série que possuí suas virtudes onde todos achavam que estariam seus defeitos ao recriar um mito , não tem medo de ousar com um ícone como o Super-Homem e por isso leva ao público um bom entretenimento.


Somebody Save Me...

     Escrevi o texto acima em 2006. Não me arrependo por nenhuma vírgula pois na época era a minha série favorita e cada novo episódio me empolgava.
     Entretanto  a decepção com as novas temporadas me faz questionar como algo que era tão bacana pôde se tornar num mero caça-níquel sem qualidade. 
     Cada vez mais preocupada em enfiar o jovem Clark Kent na mitologia do Super-Homem a série perdeu aquele que era seu principal atrativo, ou seja, conhecermos a personalidade de um herói em formação lidando com conflitos de um jovem comum.Em consequencia disso o que aconteceu foi que vimos de maneira forçada Clark e Lois Lane trabalhando no Planeta Diário sem nem ao menos cursarem uma faculdade de jornalismo somente para citar um exemplo.
     Com histórias muito fracas, personagens desencontrados, uma debandada do elenco original ( Michael Rosenbaum, Kristin Kreuk etc.) nas últimas 4 temporadas  Smallville perdeu o encanto por acelerar demais o caminho de Clark rumo ao seu destino como protetor do planeta Terra. Mesmo com o fim dessa tortura com a chegada da 10ª temporada o estrago na série chegou a um ponto em que nem mesmo um super-herói pode salva-la...
     


    

quinta-feira, 2 de setembro de 2010

No Espaço Ninguém Pode Ouvir Você Gritar

  
     No ano de 1979 o diretor britânico Ridley Scott ,juntamente com uma excelente equipe técnica, concebeu o filme "ALIEN" e utilizou a poderosa frase que dá título a este artigo como forma de divulgá-lo. Na história (ambientada em um futuro distante) a tripulação do cargueiro espacial Nostromo é forçada a fazer um pouso em LV 426 para atender a um chamado de socorro de origem desconhecida. No local encontram uma nave alienígena que contém inúmeros "ovos" de um deles saí uma criatura que se cola ao rosto de um dos tripulantes, logo este ser se desaloja de seu hospedeiro e quando tudo parecia estar bem uma  nova criatura horrenda rompe o abdomen do tripulante. A partir daí o filme cresce em suspense e terror pois o alien começa a exterminar um a um os trabalhadores da nave sobrando para a tenente Ellen Ripley( Sigouney Weaver,  em atuação marcante) uma missão de sobrevivência diante de um perigoso inimigo. O roteiro conduz de forma brilhante o desenrolar dos fatos e acerta ao expor pouco a criatura tornando o suspense ainda maior, a fotografia escura e claustrofóbica também contribui para que o filme seja um marco do cinema de terror e ficção científica.

AGORA É GUERRA.

     Em 1986, o então jovem James Cameron foi escalado para a continuação do filme de 1979. Vindo do grande sucesso "O Exterminador do Futuro" (Terminator, 1984) Cameron fez um filme que em nada fica devendo ao seu antecessor e acrescentou novos elementos que enriqueceram a história.
     Passados 57 anos após os eventos do primeiro filme a sobrevivente Ellen Ripley  retorna a revelia para o planeta LV 426 , agora  transformado em colônia, acompanhada de uma equipe de fuzileiros pois perdeu-se o contato com os colonos. Chegando no planeta tudo o que encontram é desolação e dezenas de aliens que foram geradas na nave exibida no filme anterior.
     O trunfo do filme é inserir ação sem perder o viés de suspense e terror tão bem executado no primeiro filme e colocar diversas criaturas, diferente do primeiro filme que utilizava apenas uma. Outro ponto forte está no roteiro que desenvolve bem os personagens em especial  Ripley que ganha uma profundidade deveras singular pois sua relação materna com a garota Newt engrandece a narrativa e se torna um diferencial culminando na antológica batalha final.   

Depois disso...
     Um dos aspectos mais interessantes dos dois filmes é a empresa por trás de toda a exploração espacial que é simplesmente denominada COMPANHIA. É a empresa que força todos a se confrontarem com os aliens pois possuí interesses escusos que visam o estudo dessas vis criaturas sem se importar com a segurança de seus funcionários. Esse contexto está inserido nos filmes para fazer uma crítica feroz ao capitalismo selvagem onde executivos só se preocupam com lucros em detrimento da vida humana.
     E por falar em executivos capitalistas... em 1993 foi feito o filme "ALIEN 3" dirigido por David Fincher e em 1997 "ALIEN-A RESSUREIÇÃO" , dirigido por Jean-Pierre Jeunet, ambos apenas utilizavam os personagens sem nada de interessante acrescentar a mitologia ALIEN e deixaram bem claro que o objetivo era lucrar com a franquia sem se preocupar com a qualidade. Como se não pudesse ficar pior nos anos 2000 ainda vieram os embates com outra criatura alienígena da FOX, o Predador em "ALIEN VS. PREDADOR" de 2004 e "ALIEN VS. PREDADOR 2" de 2007. No escuro do cinema ninguém ouve você gritar de indignação diante de tantas porcarias feitas após 2 excelentes filmes...







Kevin Smith

    
    Nerd, quadrinista, escritor e diretor esses são alguns adjetivos que podem definir Kevin Smith. Mesmo que atualmente esse grande artista se encontre no que pode ser chamado de "limbo criativo" vale a pena relembrar seus grandes momentos nos anos 90.
     No ano de 1994 o jovem oriundo do estado americano de New Jersey, juntamente com o amigo Scott Mosier, criou a  View Askew Productions e deu início à série de 5 filmes (todos eles comédias) que ficaria conhecida como "View Askewniverse", são eles "O Balconista" (Clerks, 1994), "Barrados No Shopping" (Mallrats, 1995), "Procura-se Amy" (Chasing Amy, 1997), "Dogma" (idem, 1999) e "O Império Do Besteirol Contra-Ataca" (Jay & Silent Bob Strikes Back, 2001).
     Ambientadas em New Jersey as supracitadas obras foram escritas e dirigidas por Smith que sempre foi hábil escritor de diálogos e soube dosar comédia com doses de drama criando um amálgama cinematográfico  que não descaracterizava nenhum dos gêneros. Outro fator interessante dos filmes do "View Askewniverse" são as inúmeras referencias à cultura pop ,sendo que, destacam-se as citações a "Star Wars" saga da qual o diretor é fã.
    Nessas comédias Kevin Smith variou seus temas sem perder suas melhores qualidades. Passando pelo cotidiano de dois balconistas, vadiagem no shopping, amores impossíveis, religiosidade e o puro besteirol que encerra a saga onde vários personagens dos filmes anteriores retornam para pontas importantes pra história. Outro destaque eram os personagens Jay( Jason Mewes)  e Silent Bob ( interpretado pelo próprio Smith), dois traficantes e maconheiros que sempre levavam o público ao riso e apareciam nas horas certas para ajudar os protagonistas em qualquer situação complicada em que estivessem.
     Depois dessa saga Smith não conseguiu alcançar o mesmo patamar de qualidade sendo que de seus filmes recentes apenas "O Balconista 2" (Clerks 2, 2006) merece mais atenção  justamente por retornar às origens do próprio diretor retomando os personagens de seu primeiro filme. Vale lembrar que Kevin Smith é um grande diretor e roteirista, criou  filmes engraçados e inteligentes, está meio enferrujado mas eu ainda acredito que possa nos brindar no futuro com mais obras tão boas ou até melhores que as do início de sua carreira.