Parte II-A Ascensão da Família Corleone
Em 1974, foi lançado "O Poderoso Chefão-Parte II", filme que além de dar continuidade à história de Michael Corleone (Al Pacino) também conta a origem de seu pai, Vito Andolinni, desde de sua infância trágica na Sicília até seus primeiros passos no mundo do crime.
A história dessa seqüência tem início na Sicília com o velório de Antonio Andollini, pai de Vito, essa morte desencadeia uma série de eventos que forçam Vitto, então com 9 anos de idade, a fugir para New York, chegando na "grande maçã" o garoto é rebatizado e recebe como sobrenome "Corleone" nome da cidade da qual ele é oriundo. Já adulto e interpretado com brilhantismo por Robert De Niro, Vito Corleone mora em um bairro pobre e após ser demitido, para que o sobrinho do mafioso local pudesse trabalhar, ele aos poucos se conscientiza do poder da máfia e ao lado de Peter Clemenza e Genco Abandando dá início às suas atividades ilegais que culminam em seu poderio apresentado no primeiro filme, também é mostrado o nascimento de cada um de seus filhos, sua vingança na Sicília. Vendo este filme também entendemos melhor o comportamento de alguns personagens e suas motivações.
Paralelamente à história de Vito, acompanhamos seu filho Michael que depois de ter eliminado seus inimigos, vingado a morte do irmão Santino e iniciado um processo que o distancia de sua esposa Kay (Diane Keaton) na conclusão do primeiro filme, enfrenta agora inimigos mais poderosos. A maior ameaça à Michael é Hyman Roth ( Lee Strasberg, mentor de Al Pacino no teatro), um criminoso velho que se diz com a saúde debilitada mas que representa um grande perigo não só ao Don Corleone mas também à sua família. Após sofrer um atentado Michael parte em busca dos culpados e passa por Cuba e os fatos que ocorrem naquela ilha são determinantes para suas atitudes futuras e mostram a Michael a necessidade de agir com mais crueldade contra aqueles que interferem em seus negócios.
Com mais liberdade criativa, sem a pressão dos executivos da Paramount( satisfeitos com o sucesso do primeiro filme) e com um orçamento maior Francis Ford Coppola concebeu um filme épico melhor que o realizado em 1972. O elenco está soberbo, a trilha sonora compõe o clima certo e o roteiro, novamente escrito por Coppola e Mario Puzzo, é fantástico mostrando pai e filho como homens de negócios e também como pais de família e suas batalhas em um mundo cruel permeado por violência e traições.
Parte III- A Queda de Don Corleone
Passados 20 anos desde os eventos de conclusão do segundo filme, Michael está velho, doente e cansado da vida de mafioso. Morando novamente em New York e vivendo com a irmã Connie (Talia Shire) Michael está disposto a legalizar os negócios da família e tentar reconquistar a esposa Kay para viver em paz. A busca de Don Corleone por redenção, por expiação o leva até o Vaticano, local onde ele descobre que a legalização de seus negócios será quase impossível pois seus inimigos o espreitam a espera do momento certo para atacar. Paralelo aos acontecimentos da máfia a terceira parte acompanha a carreira musical de seu filho Anthony (Franc D'Ambrosio) e é conduzido de volta à terra natal de seus ancestrais, a Sicília, onde trágicos acontecimentos o aguardam quando as tramas convergem na apresentação da ópera "Cavallaria Rusticana".
Nesse filme Michael Corleone enfrenta não apenas seus inimigos mas também sua consciência e descobre da pior maneira possível que deve pagar por todos os seus pecados quando perde uma das coisas que mais ama na vida. A derrocada de Michael já acontecia no fim da "Parte II" e no desfecho da saga ela é evidenciada, mesmo passando o comando dos negócios para o irascível sobrinho bastardo Vincent Mancini (Andy Garcia), Michael não consegue se livrar de uma vida de crimes, vida esta que ele não quis mas que por necessidade precisou aceitar e fazer coisas horríveis. Mesmo não sendo tão bom quanto os dois primeiros filmes "O Poderoso Chefão-Parte III" tem cenas memoráveis como a confissão de Don Corleone, os momentos que relembra sua juventude e as explosões de Vincent Mancini.
"O Poderoso Chefão-Parte III", lançado em 1990, dá um fim mediano à trilogia e não agradou o público. Muitos críticos acusaram injustamente Sofia Coppola, que interpreta Mary Corleone, pela falta de qualidade da obra mas culpar somente ela é injusto, sendo que, o próprio Francis Ford Coppola não nega que aceitou fazer o filme por estar enfrentando dificuldades financeiras e que teve que escrever o roteiro às pressas, fatos estes que prejudiram o resultado final. Coppola também acredita que a imagem combalida de Michael prejudicou a aceitação do filme e mesmo esforçado (o longa prende a atenção de quem acompanha a saga do Padrinho) mas está longe de exercer o mesmo fascínio que seus antecessores.
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