Se no post sobre Andy Kaufman eu questionava as motivações de um humorista é porque simplesmente não consigo conceber nada que seja engraçado. Por essa razão admiro quem escreve comédia de uma maneira engraçada e inteligente. Posso entender conceitos filosóficos e metafísicos entretanto não compreendo o modo como funciona a mente de alguém capaz de criar um trabalho burlesco. Sendo assim é normal que eu seja um fã do grupo inglês MONTY PYTHON, que em 1983 desenvolveu o filme "O Sentido da Vida", que mistura humor e filosofia para tentar responder a mais difícil de todas as perguntas (mesmo que Douglas Adams tenha escrito que a resposta seria "42" na saga "O Guia do Mochileiro das Galáxias") afinal, qual o sentido da vida?
Depois de aloprar a história do Rei Arthur em "Monty Python Em Busca do Cálice Sagrado" e de Jesus Cristo em "A Vida de Brian" a quarta incursão cinematográfica do sexteto-composto por Graham Chapman, John Cleese, Eric Iddle, Michael Palin, Terry Jones e Terry Gilliam- criou vários esquetes com o propósito de fazer rir, emocionar e nos fazer refletir sobre temas presentes na vida de todos desde o milagre do nascimento até a morte.
Começando com um curta metragem (chato) sobre piratas da 3ª idade atacando um prédio, sede de uma empresa capitalista, o filme possuí o humor ácido, non sense e anárquico característico do grupo além de números musicais bacanas e como de costume diversas seqüências animadas surrealistas feitas por Terry Gilliam. A usual versatilidade dos membros do Monty Python está presente e eles se fantasiam desde peixes em um aquário, mulheres, passando por um gordo repulsivo e pessoas muito esquisitas na cena da procura do peixe, somente para citar alguns exemplos.
Religião, Ciência e Filosofia estão presentes no filme com o propósito de responder a questão que há séculos está presente nas mentes de diversos pensadores e ao final do longa tal questão não é elucidada mas concluímos que o importante é ter uma boa vida com saúde,compreensão, tolerância e junto das pessoas que amamos. Acredito que não devemos perder tempo e deixar a vida passar pensando nisso por mais interessante e intrigante que seja essa questão... mas será que um dia alguém será capaz de responde-la?
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