Em uma época em que as salas de
cinema se encontram abarrotadas de adaptações de histórias em quadrinhos e de
livros consagrados é possível perceber que um existe um tipo de adaptação que
ainda não emplacou de maneira convincente tratam-se dos filmes baseados em
jogos de videogames. Depois de adaptações sofríveis como Super Mario Bros. em 1992 e Street Fighter em 1994 o
diretor que mais se aproximou de criar a uma versão cinematográfica para um
jogo que fosse isenta de erros grotescos foi Paul W.S. Anderson com o ótimo Mortal
Kombat em 1995. Sete anos depois Anderson recebeu a incumbência de
criar um filme sobre um dos jogos mais populares e adorados do Playstation , Resident
Evil.
Foi
assim que dez anos atrás chegou aos cinemas Resident Evil – O Hospede Maldito,
estrelado por Milla Jovovich o longa narra a saga da desmemoriada Alice que
junto de uma equipe de militares tem que descobrir o que deu errado em um
laboratório subterrâneo , denominado Colméia, da empresa Umbrella. Na Colméia ,
Alice se depara com uma amostra do apocalipse ao encontrar um bando de zumbis,
resultantes da liberação proposital do T-Vírus. Enquanto luta pela
sobrevivência a protagonista vai aos poucos recobrando a memória e consegue se
lembrar que seu intuito é juntar provas de irregularidades que possam destruir a Umbrella Corporation.
Com boas cenas de ação e a dose certa de suspense o filme se tornou bem
sucedido e possibilitou a Paul Anderson desenvolver as continuações e com Resident
Evil 2: Apocalipse (2004), Resident Evil 3: A Extinção(2007), Resident
Evil 4: Recomeço (2010) e Resident
Evil: Retribuição, lançado esse ano nos cinemas, Paul W.S. Anderson
consolidou uma das maiores franquias da atualidade.
O
novo filme se inicia com uma bela sequência em câmera lenta e reversa que
mostra os eventos seguintes ao final do filme anterior, terminada essa abertura
Alice aparece na tela e recapitula os filmes anteriores mostrando contra a
empresa que outrora foi sua contratante. Logo depois a personagem de Jovovich
aparece em uma prisão. Depois de uma inesperada falha na segurança Alice se veste e se arma
para que possa escapar de seu cativeiro .
É nesse contexto de estranhamento que entra em cena Ada Wong antiga rival de
Alice que situa a protagonista dizendo que ela está em uma instalação russa da
Umbrella, utilizada para simular reações emocionais das pessoas(através de
clones com memórias implantadas à alastração do T-Vírus. Esse laboratório deve
ser destruído antes que uma equipe de resgate, que já a caminho, possa tirá-las
de lá. Esse é o ponto de partida um filme com cenas de ação bem produzidas e um
roteiro cheio de reviravoltas e revelações que traz de volta velhos personagens
da série de forma “natural” (claro que isso depende da suspensão de descrença
do espectador) e apresenta outros novos que enriquecem a narrativa.
Mesmo
que muitos fãs do jogo critiquem os filmes de Anderson por não utilizarem os
mesmos personagens dos games e alterar diversos elementos da história é
inegável o esforço do diretor e também roteirista para transformar os filmes em
uma diversão competente. Sabendo levar a história adiante com a escalada de
poder da Umbrella e criando “ganchos” legais ao fim de cada capítulo o Paul
W.S. Anderson (que também conseguiu, especialmente nessa quinta parte, corrigir
problemas que ocorreram em Resident Evil 2 e 3) mostra que é possível criar
bons filmes baseados em games. Como o final de “...Retribuição” sinaliza
para a produção do sexto filme podemos perceber que o “jogo” continua e
esperamos que isso ocorra, como foi até aqui, de forma divertida. Em breve em
DVD e Blu-Ray.
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