terça-feira, 8 de janeiro de 2013

Resident Evil: Retribuição

           
            Em uma época em que as salas de cinema se encontram abarrotadas de adaptações de histórias em quadrinhos e de livros consagrados é possível perceber que um existe um tipo de adaptação que ainda não emplacou de maneira convincente tratam-se dos filmes baseados em jogos de videogames. Depois de adaptações sofríveis como Super Mario Bros. em 1992 e Street Fighter em 1994 o diretor que mais se aproximou de criar a uma versão cinematográfica para um jogo que fosse isenta de erros grotescos foi Paul W.S. Anderson com o ótimo Mortal Kombat em 1995. Sete anos depois Anderson recebeu a incumbência de criar um filme sobre um dos jogos mais populares e adorados do Playstation , Resident Evil.
                Foi assim que dez anos atrás chegou aos cinemas Resident Evil – O Hospede Maldito, estrelado por Milla Jovovich o longa narra a saga da desmemoriada Alice que junto de uma equipe de militares tem que descobrir o que deu errado em um laboratório subterrâneo , denominado Colméia, da empresa Umbrella. Na Colméia , Alice se depara com uma amostra do apocalipse ao encontrar um bando de zumbis, resultantes da liberação proposital do T-Vírus. Enquanto luta pela sobrevivência a protagonista vai aos poucos recobrando a memória e consegue se lembrar que seu intuito é juntar provas de irregularidades  que possam destruir a Umbrella Corporation. Com boas cenas de ação e a dose certa de suspense o filme se tornou bem sucedido e possibilitou a Paul Anderson desenvolver as continuações e com Resident Evil 2: Apocalipse (2004), Resident Evil 3: A Extinção(2007), Resident Evil 4: Recomeço (2010) e  Resident Evil: Retribuição, lançado esse ano nos cinemas, Paul W.S. Anderson consolidou uma das maiores franquias da atualidade.
                O novo filme se inicia com uma bela sequência em câmera lenta e reversa que mostra os eventos seguintes ao final do filme anterior, terminada essa abertura Alice aparece na tela e recapitula os filmes anteriores mostrando contra a empresa que outrora foi sua contratante. Logo depois a personagem de Jovovich aparece em uma prisão. Depois de uma inesperada  falha na segurança Alice se veste e se arma para que possa escapar de seu cativeiro  . É nesse contexto de estranhamento que entra em cena Ada Wong antiga rival de Alice que situa a protagonista dizendo que ela está em uma instalação russa da Umbrella, utilizada para simular reações emocionais das pessoas(através de clones com memórias implantadas à alastração do T-Vírus. Esse laboratório deve ser destruído antes que uma equipe de resgate, que já a caminho, possa tirá-las de lá. Esse é o ponto de partida um filme com cenas de ação bem produzidas e um roteiro cheio de reviravoltas e revelações que traz de volta velhos personagens da série de forma “natural” (claro que isso depende da suspensão de descrença do espectador) e apresenta outros novos que enriquecem a narrativa.
                Mesmo que muitos fãs do jogo critiquem os filmes de Anderson por não utilizarem os mesmos personagens dos games e alterar diversos elementos da história é inegável o esforço do diretor e também roteirista para transformar os filmes em uma diversão competente. Sabendo levar a história adiante com a escalada de poder da Umbrella e criando “ganchos” legais ao fim de cada capítulo o Paul W.S. Anderson (que também conseguiu, especialmente nessa quinta parte, corrigir problemas que ocorreram em Resident Evil 2 e 3) mostra que é possível criar bons filmes baseados em games. Como o final de “...Retribuição” sinaliza para a produção do sexto filme podemos perceber que o “jogo” continua e esperamos que isso ocorra, como foi até aqui, de forma divertida. Em breve em DVD e Blu-Ray.

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